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Energias Renovaveis

Blog destinado a partilhar o que de melhor existe no mundo das energias renováveis. Energia solar, energia eólica, biomassa, etc, tudo sobre as ultimas novidades e noticias.

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Energias Renovaveis

29
Mai11

Chaves aproveita energia geotérmica da água termal para aquecer edifícios

adm

O projecto ESOL, constituído por oito entidades do Norte de Portugal e da Galiza, encerrou na passada quinta-feira em Chaves com um resultado prático: a implementação de sistemas geradores de energias renováveis em diferentes edifícios públicos. Em Chaves, foi optimizado um sistema de geotermia que hoje aquece a Piscina Municipal de Chaves, parte do Balneário das Termas e o Hotel Aquae Flaviae.

 

De uma caldeira convencional, as águas da Piscina Municipal de Chaves passaram a ser aquecidas por um sistema de captação geotérmica, baseado em energia totalmente renovável. Este é o resultado produzido pelo Projecto de Energia Sustentável Local (ESOL), cujo encerramento decorreu no Hotel Forte de São Francisco na passada quinta-feira, 26 de Maio. Ao longo dos dois últimos anos, este projecto formou um consórcio, constituído por oito entidades do Norte de Portugal e da Galiza, que investiu 1,2 milhões de euros num plano de uso de energias renováveis em edifícios públicos.

Dirigido pelo Instituto Energético da Galiza (INEGA) e pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo, o projecto ESOL, co-financiado a 75% por fundos comunitários através do Programa Operativo de Cooperação Transfronteiriça Espanã – Portugal 2007-2013, iniciou em 2009 e teve como objectivo avançar na gestão sustentável do meio ambiente da zona transfronteiriça, com base nos recursos renováveis existentes e crescente cooperação entre territórios. Esta parceria luso-galaica integrou os municípios portugueses de Chaves e Vinhais e os galegos de Verín, A Mezquita, Baltar e Riós.

No concelho de Chaves, o projecto, cujo investimento foi de 150 mil euros, traduziu-se na utilização da energia de um furo geotérmico existente nas Termas desde 1982, com água a 73 graus, que foi revestido com aço inox para aquecer a piscina municipal, bem como as águas sanitárias e espaço ambiental do Hotel Aquae Flaviae e parte do balneário das Termas de Chaves. Assim, graças ao aproveitamento de toda a água termal bombeada – sob forma de permutação de calor através de uma central geotérmica – “aumentámos a disponibilidade dos recursos”, explicou o director técnico da exploração de recursos da concessão das Caldas de Chaves, Manuel Cabeleira.

 

Aproveitamento geotérmico da captação termal para aquecimento da piscina e balneário permitiu “poupança energética muito elevada”

 

Ao adaptar a captação de água termal mineral para aproveitamento geotérmico para a climatização de parte do balneário termal (balneoterapia e parte musculosesquelético), houve “uma poupança energética muito elevada”, apontou Manuel Cabeleira, exemplificando que, com a caldeira convencional, a factura da energia eléctrica era “cerca de 2000 euros por mês e rondava os 4000 euros no Inverno”. Com a energia geotérmica, a mesma factura de energia eléctrica “é hoje de 20 euros por mês”, confirmou.

Já o aproveitamento geotérmico da captação termal para aquecimento da piscina também permitiu poupar 100% do custo de combustível e reduzir a emissão de 21 toneladas equivalentes de CO2 na atmosfera por ano. “Esta é uma energia totalmente limpa!”, garantiu Manuel Cabeleira. No entanto, alertou, “ é importante fazer uma exploração sustentada e equilibrada para não perturbar a composição da água”, tendo sempre em conta que é a água mineral medicinal mais quente do país, rematou Manuel Cabeleira. Com vista a não adulterar as suas características únicas, o projecto ESOL permitiu implementar sistemas de controlo e monitorização da nascente termal.

No final, a vereadora municipal Maria de Lurdes Campos avançou que, numa segunda fase, serão criadas “as estruturas necessárias para que os estabelecimentos hoteleiros da margem direita do rio Tâmega usufruam de aquecimento mais eficiente e mais barato”. Com o Balneário Romano encontrado no Largo do Arrabalde, além de um “acréscimo de recurso”, é certo que o futuro Museu das Termas Romanas será aquecido com este sistema, bem como o Tribunal, rematou Manuel Cabeleira.

Nas Jornadas de encerramento do projecto ESOL, mais de 60 alunos do curso técnico de energias renováveis da Escola Profissional de Chaves participaram nas apresentações sobre o que foi feito nas suas cidades por cada parceiro do projecto. Na Galiza, os municípios de A.Mezquita, Baltar, Riós e Verín instalaram uma central de biomassa, que distribui energia a vários edifícios públicos, como centros de saúde, pavilhão multiusos e centro cultural. Já no município que forma a Eurocidade com Chaves, Verín, foram instalados painéis solares na piscina municipal climatizada.

fonte:http://diarioatual.com/


20
Mai11

Microalgas marcam futuro dos combustíveis

adm

A alternativa das microalgas está a ser vista com cada vez mais interesse no sector dos biocombustíveis. Especialmente depois da chamada “crise de alimentos” de 2007, durante a qual o uso de grandes extensões de terreno para culturas energéticas esteve na mira das críticas, tornou-se premente encontrar outras formas de produção de biocombustíveis mais sustentáveis.

Em Portugal, o Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) e a Associação Portuguesa de Transporte e Trabalho Aéreo (APTTA) iniciaram um projecto de investigação para um aproveitamento total de microalgas na produção de biocombustível destinado à aviação comercial.

A iniciativa, coordenada pelos investigadores do LNEG Alberto Reis e Luísa Gouveia, ainda está numa fase inicial, mas tudo indica que a produtividade desta matéria-prima seja superior a outras culturas energéticas.

A nível internacional, contudo, é a gigante Boeing que lidera a investigação nesta área. Há mais de três que o grupo de aeronáutica investe no desenvolvimento tecnológico destes combustíveis de segunda geração a partir de microalgas.

Com os avanços feitos a nível de I&D, a maior preocupação da Boeing é garantir uma produção suficiente de culturas energéticas de microalgas para abastecer o mercado, depois de os projectos terem sido desenvolvidos à escala-piloto.

Como vantagens, as microalgas apresentam uma maior taxa de sequestro de CO2 por hectare, quando comparadas com as oleaginosas tradicionais na produção de biocombustíveis. Além disso, a eficiência fotossintéctica e a taxa de crescimento superiores à das oleaginosas levam a maiores produtividades em óleo. Em média, a produção de biodiesel a partir de microalgas é entre 10 a 20 vezes superior à obtida com sementes de oleaginosas.

Por outro lado, a grande vantagem em termos de sustentabilidade encontra-se na diversidade de locais produção, não havendo necessidade de competição pelos terrenos agrícolas. No mar, em terrenos não agrícolas, solos rochosos ou salinas, as microalgas desenvolvem-se em qualquer terreno. O resíduo da biomassa microalgal pode também ser aproveitado, seja como fertilizante ou para obtenção de produtos naturais.

O aproveitamento de microalgas para biocombustíveis é, de facto recente, e a tecnologia necessita de ser consolidada. Para já, a própria Boeing admite que o processo de extracção energética de algas é muito mais moroso e complexo do que a produção de biocombustíveis a partir de outras culturas.

O potencial das microalgas como biocombustível não podia ser mais apetecível para as companhias aéreas, com grandes expectativas por parte de investidores e investigadores.

Resta saber, no entanto, qual será a primeira companhia a desenvolver, em larga escala e de forma estável, biocombustível a partir desta matéria-prima. A nível mundial, esta “corrida” conta com mais de 200 participantes.

fonte:http://www.ambienteonline.pt

18
Mai11

Moçambique quer privados a investir nas energias renováveis

adm

O governo moçambicano pretende que operadores privados explorem diferentes fontes de energias renováveis, de modo a aumentar o número de pessoas com acesso à electricidade no país.

Entre 2004 e 2009, o número de moçambicanos com energia eléctrica "subiu de sete para 29%, mas ainda estamos na situação em que aqueles que não têm acesso à energia serem mais que os que têm", disse à Lusa o ministro da Energia de Moçambique, Salvador Namburete.

Na terça-feira, o Conselho de Ministros de Moçambique aprovou a estratégia de desenvolvimento de energias novas e renováveis para os próximos 15 anos, que define normas de utilização de energias limpas no país.

O plano admite que operadores privados explorem também a energia solar, eólica, hidráulica maremotriz (nos mares e oceanos), explicou hoje à Lusa o director de biocombustíveis do Ministério de Energia de Moçambique, António Saíde. 

"Estamos a olhar para as possibilidades de desenvolvimento tecnológico em Moçambique, o capital humano e a questão da procura", pelo que "queremos envolver diferentes componentes da sociedade, queremos ver um sector privado que actua como máquina motora, criar um sector privado actuante para criar o negócio", onde "o papel do Estado será de facilitador", disse António Saíde.

Em Moçambique, os operadores privados, incluindo os de capitais portugueses, já estão a explorar algumas formas de energias limpas, mas "o governo ainda não está a beneficiar com isso, porque os projectos têm que ter um certo nível de maturação para poder gerar rendimentos", reconheceu ontem à Lusa o ministro moçambicano da Energia.

"Queremos que o sistema seja integrado para que possamos abranger maior número de compatriotas", até porque "somente 29% da população tem acesso à energia", daí que "é preciso andar cada mais depressa", disse Salvador 

A Estratégia de desenvolvimento de energias novas e renováveis, de 15 anos, será revista de cinco em cinco anos, visando adequá-la aos progressivos avanços tecnológicos, princípios e metas definidos em cada fase da implementação.

fonte:Diário Digital / Lusa 

16
Mai11

Novos projectos de biocombustíveis ainda não saíram do papel

adm

Numa altura em que um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) revela que o contributo dos biocombustíveis para a matriz energética dos transportes pode subir dos actuais dois por cento para 27 por cento em 2050, se a eficiência do processo de produção for melhorada, os mais recentes projectos anunciados para o sector em Portugal ainda não saíram do papel. A empresa Greencyber, que quer construir uma refinaria com uma capacidade para produzir 250 mil toneladas por ano, anunciada já em 2007; e que já recebeu um financiamento de 23 milhões de euros do QREN está mesmo em «reavaliação profunda».

«Fizemos um contrato de investimento com o Estado, mas este não cumpriu o estipulado, pelo que estamos a analisar qual será o nosso próximo passo», explicou ao AmbienteOnline Pedro Sampaio Nunes, presidente da Greencyber. O projecto ,orçado em mais de 100 milhões de euros, apostava numa forte componente de exportação de biocombustível, pelo que o responsável acredita que o próximo Governo poderá «desbloquear positivamente o projecto», uma vez que o actual Governo de gestão pouco pode fazer. Entretanto a empresa já despendeu cerca de 4 milhões de euros em arrendamentos, licenças e estudos, que terão de ser ressarcidos, adverte Sampaio Nunes, admitindo aguardar até à constituição do novo Governo para então avançar.

Também a Galp anunciou um mega-projecto, já em 2008, que ainda não saiu do papel. Paulo Carmona, presidente da APPB – Associação Portuguesa de Produtores de Biocombustíveis mostra-se preocupado com esta situação: «As metas nacionais estão garantidas até 2016.

Depois poderá haverá problemas no cumprimento, se se mantiver a capacidade instalada actual, que é de 600 milhões de litros/ano», explica. Actualmente o País produz cerca de 400 milhões de litros de biodiesel, o que corresponde a cerca de 5,3 por cento de toda a energia gasta no sector dos transportes, sendo que esse valor poderia passar para os 7,5 por cento caso a capacidade instalada fosse toda utilizada.

«Para chegarmos aos 10 por cento estipulados por Bruxelas, para 2010, teremos de construir qualquer coisa como 1,5 ou 2 fábricas, no máximo, ou ainda a expansão das actualmente existentes. E isso faz-se facilmente num ano», assevera o representante do sector. A questão de avançar «o mais cedo possível» é apenas uma questão «política».

Hoje o mercado nacional dos biocombustíveis funciona unicamente através de mecanismos de mercado, depois de ter terminado a isenção do ISP em 2010. «Com a isenção do ISP, o consumo do biocombustível não baixou porque as metas europeias estão fixadas e têm de ser cumpridas, mas esse custo reflectiu-se logo no custos final da matéria que ficou 36 cêntimos mais caro . Só a retracção do consumo de combustível se traduziu automaticamente na diminuição do consumo de biocombustível», segundo Paulo Carmona.

De acordo com a AIE os biocombustíveis poderão competir em termos de preço com os combustíveis fósseis até 2030. Mas para que o prognóstico seja cumprido, as tecnologias de produção de biocombustíveis precisam «ser mais eficientes, mais baratas e mais sustentáveis», lê-se no relatório.

Em Portugal, essa questão ainda não se põe, garante Paulo Carmona, uma vez que as cinco unidades a laborar são recentes - foram construídas em 2006 e 2008 - tendo recorrido às tecnologias mais eficientes e inovadoras do mercado. No País estão em funcionamento as unidades da Iberol; Fábrica Torrejana; Prio (Grupo Martifer); Biovegetal (Grupo SGC) e Sovena (Grupo Nutrinveste), únicos produtores de biodiesel a cumprir a norma europeia (EN14214) em Portugal.

fonte:http://www.ambienteonline.pt/

16
Mai11

Buderus reforça produtos com recurso a energias renováveis

adm

A Buderus, do Grupo Bosch, apresenta uma nova gama de produtos e sistemas térmicos que aproveitam ao máximo as energias renováveis. Novos painéis solares de tubos de vácuo que se integram facilmente num sistema de aquecimento e novas caldeiras para aquecimento com pellets, que aproveitam resíduos procedentes de limpezas florestais ou industrias de madeira que são triturados e convertidos em biomassa prensada, integram o lote das novidades.

Mas também em causa estão bombas de calor reversíveis para aplicações geotérmicas e aerotérmicas de alta eficiência para climatização e água quente sanitária, que podem configurar-se com outros sistemas como captadores horizontais, sondas verticais e poços para extrair a energia do manto freático.

Finalmente, a Buderus também disponibiliza umaestação de produção de água quente solar instantânea para combinar com sistemas solares. Esta solução proporciona calor, com uma excelente qualidade de água quente sanitária, e com apoio de energia solar térmica, por exemplo, a edifícios multi-familiares de até 20 moradias, assim como a pequenos hoteís e residências de idosos, garante a empresa.

fonte:http://www.ambienteonline.pt/

11
Mai11

Três quartos da energia mundial podem provir de renováveis em 2050

adm

As energias renováveis poderão garantir até três quartos do abastecimento energético mundial em 2050, segundo os cenários mais favoráveis de um relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês). Ainda assim, para que seja aproveitado o potencial de opções renováveis, como parques eólicos, painéis solares, biomassa ou barragens, são necessárias mudanças no sistema energético, alerta o relatório.

A partir da análise da literatura científica disponível, o IPCC reviu 164 cenários sobre como pode evoluir a repartição do consumo energético mundial e concluiu que mais de metade aponta para um aumento da contribuição das renováveis para 17 por cento em 2030 e 27 por cento em 2050. Os cenários mais favoráveis empurram as renováveis para 77 por cento do consumo mundial dentro de quatro décadas.

No entanto, há que ter em consideração que o custo de muitas das tecnologias renováveis permanece acima dos preços da energia, «embora em várias circunstâncias as energias renováveis já sejam economicamente competitivas», diz o IPCC no relatório apresentado esta semana numa reunião com representantes científicos e governamentais, em Abu Dhabi, e divulgado pelo jornal Público.

Actualmente, as renováveis respondem por 12,9 por cento da energia consumida no mundo. A maior parte desta fatia (60 por cento) corresponde ao uso de lenha e outras formas de biomassa nos países em desenvolvimento. De acordo com o painel científico da ONU, as renováveis têm um «potencial técnico» bem maior do que a procura de energia.

Ou seja, teoricamente seriam suficientes para as necessidades energéticas globais. Mas será preciso investir em infraestruturas e adoptar políticas apropriadas para que este potencial seja aproveitado. Os custos de tais investimentos são estimados pelo IPCC em um por cento do PIB mundial.

Resultados que, por salientarem o papel das renováveis, em oposição a combustíveis poluentes, como o petróleo e o carvão, fizeram com que o relatório do IPCC tenha sido saudado pelos ambientalistas, que alertaram, no entanto, para uma alegada suavização da linguagem da síntese ontem aprovada, por imposição dos países produtores de petróleo.

«Todos os tipos de ‘poderão’ ou ‘deverão’ foram introduzidos», disse Jean-Philippe Denruyter, dirigente da organização ambientalista WWF, citado pela agência Reuters. «Mas não é um grande problema. Estamos muito satisfeitos quanto ao resultado».

fonte:_http://www.ambienteonline.pt/

10
Mai11

Brasil pode chegar a 2050 com 80% de energia renovável

adm

Potencial brasileiro ultrapassa previsão mais otimista do Painel de Mudanças Climáticas, de que 77% de toda a energia do mundo pode vir de fontes renováveis, até 2050. Para chegar lá, país tem que acertar política.

 

Ainda sob o choque da crise nuclear de Fukushima, o mundo precisa de um empurrão para continuar a virada energética rumo às fontes renováveis. O novo estudo publicado pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) visa servir de estímulo para os tomadores de decisão.

O Relatório Especial sobre Fontes de Energias Renováveis e Mitigação das Mudanças Climáticas (SRREN, na sigla em inglês) é categórico: até 2050, 77% de toda a energia produzida no mundo poderia vir de fontes renováveis "se houver apoio correto de políticas públicas".

Segundo os pesquisadores, esse panorama reduziria em 33% as emissões de gases de efeito estufa e ajudaria a manter a elevação da temperatura global abaixo de 2ºC. Dessa maneira, seriam aliviados os efeitos catastróficos do aquecimento global previstos pelos cientistas.

Decisões certas

Para o relatório, consideraram-se 160 cenários possíveis para a participação das fontes renováveis até 2050, e quatro deles foram analisados com maior profundidade. No mais otimista, a geração de energia limpa saltaria dos atuais 12,9% para 77%, até metade do século.

"O Brasil pode chegar em 2050 com 80% de sua energia a partir de fontes renováveis. Hoje temos aproximadamente 45% ou 46%", afirmou Carlos Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério de Ciência e Tecnologia, em conversa com a Deutsche Welle.

Para chegar lá, no entanto, é preciso pavimentar bem o caminho. "Sim, estamos num momento de importantes definições de políticas públicas. Finalmente criou-se uma base, quase que um consenso, de que o Brasil tem que acompanhar o desenvolvimento mundial na incorporação de novas tecnologias de energias renováveis, principalmente eólica, solar e de biomassa", acrescentou Nobre.

No mix nacional de geração de energia, as hidrelétricas aparecem em primeiro lugar, com 66,28%. Mas a fonte eólica é promissora: "O potencial brasileiro é, talvez, o segundo maior do mundo, depois dos Estados Unidos", comentou o secretário. Essa fonte de energia cresceu 30% em todo o mundo, em 2009, diz o relatório do IPCC, perdendo apenas para a expansão da energia fotovoltaica, que foi de 50%. Os autores acreditam que em 2050 a energia solar será uma das principais fontes de geração limpa.

Fábio Scarano, autor do IPCC e diretor executivo da ONG Conservação Internacional no Brasil, lembra que há armadilhas no caminho. "O investimento que o Brasil está fazendo na polêmica usina de Belo Monte, por exemplo, poderia ir para a pesquisa de energia renovável. É preciso muito mais pesquisa nessa área, e nós estamos bem atrasados."

Euforia do petróleo brasileiro

Com o aumento da exploração petrolífera no Brasil e toda a expectativa de ganhos que se criou com a descoberta do Pré-Sal, o Brasil foi desafiado a demonstrar quão comprometido está com a sustentabilidade, e se existe risco de o país deixar de lado o investimento em energia limpa.

"O risco existe. O Brasil não pode cair no erro histórico em que a Venezuela caiu. Ela poderia ter utilizado com sabedoria sua enorme riqueza petrolífera, poderia ter sido, talvez, o primeiro país desenvolvido da América do Sul", pontua Carlos Nobre.

A maneira como o governo brasileiro irá empregar essa fonte de bonança temporária mostrará se o Brasil tem condições de fazer parte do time definitivo de economias desenvolvidas e sustentáveis. "O país tem que usar essa riqueza – que hoje vale até muito mais do que no tempo em que a Venezuela começou a extrair – para dar um salto na educação, na capacidade de inovar, principalmente no setor de energia", ponderou Nobre, que também assina o relatório do IPCC.

Jogo de interesses

Mais de 120 pesquisadores do mundo todo, dentre eles 24 brasileiros, assinam o estudo. Antes de ser publicado, nesta segunda-feira (09/05), o conteúdo precisou da aprovação dos 194 países-membros das Nações Unidas.

"O Brasil se mostrou bastante engajado no tema e, como outros países, defendeu assuntos de seu interesse", disse à Deutsche Welle o porta-voz do IPCC, Nick Nuttal, depois de o Brasil ter sido acusado de atrasar a votação do relatório.

Segundo Nuttal, a representação brasileira quis esclarecer alguns pontos referentes ao uso de biocombustível. Isso porque, como atestado num relatório das Nações Unidas de 2010, nem toda produção de combustível a partir de fonte renovável é uma arma contra as mudanças climáticas. No caso brasileiro, o modelo adotado com base na cana-de-açúcar é considerado, de fato, uma fonte limpa.

Autora: Nádia Pontes 
Revisão: Augusto Valente

fonte:http://www.dw-world.de/d

09
Mai11

Três quartos da energia mundial podem ser renováveis em 2050

adm

As energias renováveis poderão garantir até três quartos do abastecimento energético mundial em 2050, segundo os cenários mais favoráveis de um relatório divulgado hoje pelo Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês).

Numa avaliação da literatura científica disponível até agora, o painel da ONU avisa, porém, que são necessárias mudanças no sistema energético para que seja aproveitado o potencial de opções renováveis, como parques eólicos, painéis solares, biomassa ou barragens.

Actualmente, as renováveis respondem por 12,9% da energia consumida no mundo. A maior parte desta fatia (60 por cento) corresponde ao uso de lenha e outras formas de biomassa nos países em desenvolvimento.

O IPCC reviu 164 cenários sobre como pode evoluir a repartição do consumo energético mundial e concluiu que mais da metade aponta para um aumento da contribuição das renováveis para 17 por cento em 2030 e 27 por cento em 2050. Os cenários mais favoráveis empurram as renováveis para 77 por cento do consumo mundial dentro de quatro décadas.

O caminho até lá, porém, não é automático. O custo de muitas das tecnologias renováveis permanece acima dos preços da energia, “embora em várias circunstâncias as energias renováveis já sejam economicamente competitivas”, diz o IPCC, na síntese do seu relatório, aprovado ontem numa reunião com representantes científicos e governamentais, em Abu Dhabi.

As renováveis, sustenta o painel científico da ONU, têm um “potencial técnico” bem maior do que a procura de energia. Ou seja, teoricamente seriam suficientes para as necessidades energéticas globais. Mas será preciso investir em infraestruturas e adoptar políticas apropriadas para que este potencial seja aproveitado. Os custos de tais investimentos são estimados pelo IPCC em um por cento do PIB mundial.

Ao salientar o papel das renováveis, em oposição a combustíveis poluentes, como o petróleo e o carvão, o relatório do IPCC foi saudado por ambientalistas, que alertaram, no entanto, para uma alegada suavização da linguagem da síntese ontem aprovada, por imposição dos países produtores de petróleo. “Todos os tipos de ‘poderão’ ou ‘deverão’ foram introduzidos”, disse Jean-Philippe Denruyter, dirigente da organização ambientalista WWF, citado pela agência Reuters. “Mas não é um grande problema. Estamos muito satisfeitos quanto ao resultado”.

fonte:http://ecosfera.publico.clix.pt

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