Aguçadoura volta acolher projecto energético pioneiro
A EDP pretende instalar no mar de Aguçadoura um projecto inovador de aproveitamento energético. Trata-se de um torre eólica que irá flutuar no oceano, a cinco quilómetros da costa, e será activada pela força do vento para produzir energia.
Depois vários anos de avanços e recuos, que nos últimos tempos culminaram numa estagnação, o projecto para o aproveitamento energético no mar de Aguçadoura, poderá ganhar agora um novo fôlego, com o interesse da EDP em implementar um novo programa.
A revelação foi feita por Sérgio Cardoso, presidente da Junta de Freguesia local, que garantiu já ter havido contactos nesse sentido, embora desconhecendo pormenores.
"A EDP está com um novo projecto. Não sabemos concretamente qual é, mas estão estudar um projecto ligado às ondas. Já manifestaram interesse e têm feito estudos nesse sentido", afirmou o autarca.
Entretanto, na imprensa nacional foram já esta semana revelados mais alguns detalhes sobre os planos da EDP, que diferem um pouco da estrutura instalada na freguesia, por outra empresa, gizada para aproveitar a força das ondas.
Segunda as notícias difundidas, a WindPlus, consórcio liderado pelo grupo EDP, assinou um acordo com a dinamarquesa Vestas para o fornecimento de uma turbina eólica de 2 megawatts, que será implementada no mar região, a cinco quilómetros da costa, até ao Verão deste ano.
O projecto, denominada Wind Float, foi explicado da seguinte forma: "É uma estrutura flutuante patenteada, com design simples e económico, para suporte de aerogeradores offshore. As funcionalidades inovadoras do WindFloat - que atenua os movimentos induzidos pelas ondas e pelos aerogeradores/vento - permitem implantar aerogeradores offshore em locais antes inacessíveis, onde a água excede os 50 metros de profundidade e os recursos eólicos são superiores" sublinhou a EDP.
O sistema deverá ser assim testado na Aguçadoura, num parque EDP, ligado à rede, por um período não inferior a 12 meses, com o objectivo de validar o desempenho da integração entre o WindFloat e o aerogerador.
"A EDP elegeu a energia eólica offshore como uma das suas cinco prioridades de inovação e o WindFloat é uma das tecnologias mais promissoras nesta área. Quando forem conhecidos os resultados desta fase de demonstração crucial, a EDP estará mais bem posicionada para superar os desafios da energia eólica offshore em todo o mundo", afirmou António Mexia, presidente da empresa, citado no comunicado.
fonte:expresso