Próximos governos vão manter aposta nas renováveis
O presidente da Galp diz que os próximos governos vão manter a aposta nas renováveis, sujeitando-a a "critérios de racionalidade económica".
"Há uma pequena dimensão estratégica da nossa política energética, que é o facto de termos energias autóctones, que devemos primeiro explorar. Essa tem sido uma política dos governos portugueses e assim vai continuar a ser", disse hoje Manuel Ferreira de Oliveira, à margem da entrega dos prémios do projecto Missão UP/Unidos pelo Planeta sobre eficiência energética.
Para o presidente da Galp, a estratégia portuguesa para a energia está sobretudo "alinhada com a da Europa e essa está alinhada, embora a influencie, com a estratégia energética para o planeta". E Portugal, disse Ferreira de Oliveira, foi pioneiro na energia hidroeléctrica.
"Portanto, a primeira coisa a fazer é utilizar bem os recursos que a Natureza pôs nas nossas mãos. Esse programa está em curso e tenho a certeza que isso vai continuar, sempre sujeito a critérios de racionalidade económica, subjacentes a todos os grandes projectos", ressalvou.
O presidente da Galp também comentou a indicação do acordo assinado entre o Governo e a troika, que insta o executivo a rever os apoios em subsídios às renováveis.
"A fonte que mais explodiu nos últimos tempos foi a eólica, que tem os seus benefícios e problemas", disse Ferreira de Oliveira, antes de ressalvar que "quando esta é muito cara é preciso ver se existem os recursos económicos para usá-la".
"Estamos num momento difícil e as renováveis são um bem. Se as podemos apoiar mais ou menos depende das contas que o novo governo vai fazer", sublinhou.
fonte:Económico