Enel instala a primeira usina de hidrogénio com escala industrial
A Enel SpA anunciou a primeira usina de hidrogênio do mundo, reforçando suas credenciais verdes para uma venda de participação acionária prevista para outubro. A nova unidade localiza-se em Fusina, próxima a Veneza, com capacidade total de 16 megawatts (MW). Os investimentos da Enel no projeto foram de cerca de 50 milhões de euros. A Enel planeja vender uma participação minoritária na Enel Green Power SpA no final do ano e indicou outubro como a data para a oferta pública inicial. A unidade de energia renovável está avaliada em mais de 12 bilhões de euros.
A eletricidade produzida pela usina é suficiente para atender cerca de 20 mil residências um ano inteiro. "Este tipo de unidade pode ser exportada para aquelas áreas onde há fábricas químicas", afirmou o executivo-chefe da Enel, Fulvio Conti, na inauguração. "Este é um exemplo de desenvolvimento de energia renovável." A unidade utiliza hidrogênio produzido principalmente como subproduto da unidade petroquímica de Porto Marghera, localizada próxima. Deste modo, a Enel conseguiu resolver um dos principais desafios relacionados ao hidrogênio: obter o combustível limpo sem ter de usar grandes quantidades de energia para produzi-lo.
A Enel está impulsionando as operações verdes de sua unidade para tirar vantagem da atratividade do setor. No final da semana, a Enel vai inaugurar uma outra unidade piloto na Sicília, que usa uma nova tecnologia de energia solar para gerar eletricidade.
A unidade de Fusina usa 1,3 tonelada de hidrogênio por hora em sua geração. Ela compra o hidrogênio da Eni SpA. Mas o hidrogênio como fonte para gerar eletricidade ainda não é competitivo com os hidrocarbonetos tradicionais, custando por exemplo, quase cinco vezes mais do que a energia produzida por carvão.
A decisão da Enel de investir na unidade de Fusina - a primeira do tipo em escala industrial - foi, em parte, para permitir que seus engenheiros testem a tecnologia de hidrogênio e adquiram experiência. As informações são da Dow Jones.
fonte:www.abril.com.br