China de olhos postos na EDP Renováveis
Empresa liderada por Ana Fernandes «fará parte de uma plataforma» para a eléctrica chinesa «chegar a outros negócios e outros mercados»
O vice-presidente executivo da China Three Gorges admitiu esta sexta-feira o interesse na EDP Renováveis. «A EDP Renováveis é uma óptima plataforma para o futuro e para a China Three Gorges», disse Lin Chuxue, em resposta às perguntas da TVI.
«A EDP Renováveis fará parte de uma plataforma para chegar a outros negócios e outros mercados», acrescentou, ainda, o responsável, durante a conferência de imprensa para explicar o acordo para a compra de 21,35% da EDP, assinado esta manhã, pelas 11h00, no Ministério das Finanças, em Lisboa.
O acordo de compra de 21,35% da EDP já contempla a aquisição de posições minoritárias da EDP Renováveis, mas o presidente da Three Gorges não quis quantificar o interesse da eléctrica chinesa.
Questionado se, para além do acordo já firmado, a empresa estará interessada na compra de uma posição na EDP Renováveis, as respostas foram evasivas, mas não descartaram essa possibilidade.
Cao Guangjing, presidente da nova dona da EDP, admitiu que a compra de uma parcela da eléctrica nacional, é apenas «um ponto de partida, uma porta aberta, para mais investimentos chineses em Portugal».
«De facto, este acordo esta transacção vai claramente trazer boas noticias entre ligações comerciais entre Portugal e a China», explicou Cao Guangjing.
O responsável da eléctrica chinesa considerou que «o maior problema da EDP era o financiamento», realçando que a empresa e os bancos chineses vão ajudar, ao injectar liquidez na empresa.
Cao Guangjing sublinhou, ainda, que, com o novo investimento, será possível à EDP criar mais postos de trabalho no futuro.
Escusando-se a revelar os planos enquanto maior accionista da EDP, o presidente da chinesa Three Gorges admitiu o interesse em comprar os quatro por cento do capital que ainda estão na posse do Estado e remeteu uma decisão sobre a manutenção de António Mexia na liderança da eléctrica para depois de uma discussão com os outros accionistas.
fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/