EDP já não quer só vento nos EUA. Agora vai explorar o sol da Califórnia
A EDP vai participar em leilões de energia solar na Califórnia, revelou ao Dinheiro Vivo o presidente executivo da empresa, António Mexia. Este é o passo natural seguinte a dar nos EUA, onde a companhia portuguesa é já a maior empresa de eólicas, considera o gestor.
“A administração Obama aprovou, recentemente, a extensão dos incentivos fiscais que são atribuídos aos produtores de energias renováveis, o que nos dá visibilidade, e por isso estamos a olhar para o solar, e na Califórnia, que é onde faz sentido”, disse António Mexia no final de um almoço do American Club of Lisbon, esta semana.
A aposta na energia solar faz parte do plano estratégico da EDP e da EDP Renováveis, porque os custos da tecnologia estão mais baixos - quase ao nível das eólicas -, tornando os parques fotovoltaicos mais atrativos.
“Já fizemos os primeiros investimentos solares na Roménia, e continuamos à procura de outras oportunidades”, disse o CEO da EDP ao Dinheiro Vivo, à margem do encontro.
Além da aposta no solar, o gestor adiantou ainda que, também por causa da extensão dos chamados Production Tax Credit (PTC), as eólicas nos EUA voltaram a ser interessantes para EDP.
“Estamos a participar de novo nos leilões verdes”, adiantou António Mexia, sem detalhar as localizações das licenças a que estavam a concorrer. “Quando as utilities pedem energia verde nós concorremos e é isso que estamos a fazer agora”, acrescentou.
O processo é simples. As distribuidoras de eletricidade, tanto para consumidores domésticos como para industriais, têm quotas de energia verde que podem produzir para depois abastecer os clientes com essa energia mais sustentável. São depois lançados leilões de licenças para construir e explorar parques eólicos (ou solares) com uma determinada capacidade de produção, que será depois injetada na rede de eletricidade.
Este regresso aos EUA, onde não estavam incluídos novos investimentos nos próximos três anos, já tinha sido anunciado pelo CEO da EDP Renováveis, João Manso Neto, na conference call de apresentação dos resultado do trimestre. “Temos mais oportunidades que antes, porque a procura é muito grande o que prova que as eólicas com PTC são competitivas quando comparadas com as centrais a gás”, concluiu.
fonte:http://www.dinheirovivo.pt/E